Vila Velha: Morro do Moreno vai ganhar bondinho, saiba como vai funcionar


04/01/2024 - ES 360

A confirmação das novidades no Morro do Moreno foi feita pelo prefeito Arnaldinho Borgo durante o quadro “Fala Aí, Prefeito”

Topo do Morro do Moreno, em Vila Velha, onde deve ser a chegada no funicular
Foto Divulgação/PMES

O Morro do Moreno, em Vila Velha, vai receber um funicular, uma espécie de bondinho, para melhorar a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. A confirmação foi feita pelo prefeito Arnaldinho Borgo durante o quadro “Fala Aí, Prefeito” do Estúdio 360, nesta quinta-feira (4).

A Prefeitura de Vila Velha prevê melhorias para o Morro do Moreno. Além do letreiro já anunciado, que será instalado na testa da Macaca, o cartão-postal do Espírito Santo contará com a instalação de banheiros, dois mirantes, uma vista 360º e até uma cafeteria no topo.

Arnaldinho não deu muitos detalhes e nem estipulou datas para o início das obras. “Consta no projeto um café onde as pessoas poderão comprar água, usar o banheiro e descansar. Além disso, no topo, terá dois mirantes para apreciar a vista. Não vamos prejudicar o meio ambiente, mas sim melhorar a infraestrutura para fortalecer o turismo”, detalhou o prefeito.

Um funicular usado no Castle Buda, em Budapeste
Foto budacastlebudapest.com

CURIOSIDADES SOBRE O MORRO DO MORENO

O Morro do Moreno localiza-se na Praia da Costa, Vila Velha, tem aproximadamente 190 metros de altura mínima em nível do mar. É um dos cartões-postais do Espírito Santo.

Atualmente, o Morro do Moreno é um dos poucos fragmentos da Mata Atlântica em área urbana do município de Vila Velha, havendo a área do Morro do Convento da Penha, do Morro da Marinha, do Parque Natural Municipal do Morro da Manteigueira e do Monumento Natural do Morro do Penedo, os quais juntos formam um corredor ecológico localizado na área urbana do município.


A fauna local, apesar de possuir, em sua maioria, espécies de pouca relevância do ponto de vista de conservação, apresenta a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) que está em perigo, segunda a lista de fauna e flora do Espírito Santo ameaçadas de extinção. Já o sagui-da-cara-branca (Callithrix geoffroyi), apesar de não estar ameaçada de extinção, é uma espécie muito carismática entre o público em geral, a qual pode ser utilizada em campanhas de conscientização da proteção do local.

HISTÓRIA

O Morro do Moreno inseria-se no contexto geodésico da Sesmaria Fazenda da Costa. Na sua base estava localizada a sede da Fazenda da Costa de Vasco Fernando Coutinho, e tinha as seguintes dimensões: 15 léguas de comprimento, do Morro até a Barra do Jucu, e 3 léguas de largura, da faixa litorânea para o interior (sentido leste-oeste).

A versão mais conhecida sobre a origem do nome deste morro remonta ao início da colonização do Espírito Santo, pois o Morro do Moreno era usado como posto de observação com o objetivo de assegurar a defesa de Vila Velha e Vitória dos ataques de navios corsários. Vasco Fernandes Coutinho nomeou o colono João Moreno, como o responsável pela observação e também pela plantação no local, passando a ser denominado desde os primórdios da ocupação de Morro do Moreno. Posteriormente serviu de Posto Semafórico com um sistema de sinalização para entrada de navios na Baía de Vitória, que funcionou até as primeiras décadas do século XX.

O local foi desmembrado da antiga Sesmaria da Fazenda da Costa, para Delfino Antônio Pereira e vendido a Ignácio Martins de Jesus Leal em 03 de dezembro de 1888. A única filha do proprietário, Angelina Martins da Silva Leal, vendeu a propriedade que incluía o Morro do Moreno à Miguel Manoel de Aguiar em 25 de maio de 1929.