Bondinho, letreiro e mirantes. Veja fotos de como deve ficar Morro do Moreno


16/01/2024 - ES360



O letreiro do Morro do Moreno será instalado na região conhecida como testa da macaca
Foto Divulgação


O Morro do Moreno promete se tornar um verdadeiro centro de turismo e lazer de Vila Velha. De acordo com o projeto inicial da prefeitura, o ponto turístico vai receber a instalação de restaurante, letreiro, mirantes e até um bonde (funicular).

Pelo projeto que a reportagem do ES360 teve acesso, o letreiro será instalado no alto da região conhecida como “testa da macaca”. Turistas e capixabas vão poder andar sobre a estrutura e irá proporcionar uma vista para a Terceira Ponte e o Convento da Penha. O bondinho terá duas estações que vão ser interligadas para o passeio pelo morro.


O bondinho do Morro do Moreno terá duas estações 
Foto Divulgação


Serão construídos ainda quatro mirantes que terão vista para a Praia da Costa e também para o município de Vitória. Pela proposta inicial, o morro também vai abrigar um restaurante e uma área coberta de convivência com banheiros.


O Morro do Moreno vai ganhar quatro mirantes
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Há duas semanas, o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, informou no programa Estúdio 360, da TV Capixaba, que o novo Morro do Moreno será uma forma de impulsionar o turismo no município.

“Não vamos prejudicar o meio ambiente, mas sim melhorar a infraestrutura para fortalecer o turismo”, detalhou o prefeito na ocasião.

Procurada pela reportagem do ES360, a prefeitura informou que esse projeto é a proposta inicial e que o novo documento será apresentado pelo prefeito Arnaldinho Borgo na próxima segunda-feira (22).

Veja as fotos do projeto previsto para o novo Morro do Moreno.




CURIOSIDADES SOBRE O MORRO DO MORENO

O Morro do Moreno localiza-se na Praia da Costa, Vila Velha, tem aproximadamente 190 metros de altura mínima em nível do mar. É um dos cartões-postais do Espírito Santo.

Atualmente, o Morro do Moreno é um dos poucos fragmentos da Mata Atlântica em área urbana do município de Vila Velha, havendo a área do Morro do Convento da Penha, do Morro da Marinha, do Parque Natural Municipal do Morro da Manteigueira e do Monumento Natural do Morro do Penedo, os quais juntos formam um corredor ecológico localizado na área urbana do município.

A fauna local, apesar de possuir, em sua maioria, espécies de pouca relevância do ponto de vista de conservação, apresenta a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) que está em perigo, segunda a lista de fauna e flora do Espírito Santo ameaçadas de extinção. Já o sagui-da-cara-branca (Callithrix geoffroyi), apesar de não estar ameaçada de extinção, é uma espécie muito carismática entre o público em geral, a qual pode ser utilizada em campanhas de conscientização da proteção do local.

HISTÓRIA

O Morro do Moreno inseria-se no contexto geodésico da Sesmaria Fazenda da Costa. Na sua base estava localizada a sede da Fazenda da Costa de Vasco Fernando Coutinho, e tinha as seguintes dimensões: 15 léguas de comprimento, do Morro até a Barra do Jucu, e 3 léguas de largura, da faixa litorânea para o interior (sentido leste-oeste).

A versão mais conhecida sobre a origem do nome deste morro remonta ao início da colonização do Espírito Santo, pois o Morro do Moreno era usado como posto de observação com o objetivo de assegurar a defesa de Vila Velha e Vitória dos ataques de navios corsários. Vasco Fernandes Coutinho nomeou o colono João Moreno, como o responsável pela observação e também pela plantação no local, passando a ser denominado desde os primórdios da ocupação de Morro do Moreno. Posteriormente serviu de Posto Semafórico com um sistema de sinalização para entrada de navios na Baía de Vitória, que funcionou até as primeiras décadas do século XX.

O local foi desmembrado da antiga Sesmaria da Fazenda da Costa, para Delfino Antônio Pereira e vendido a Ignácio Martins de Jesus Leal em 03 de dezembro de 1888. A única filha do proprietário, Angelina Martins da Silva Leal, vendeu a propriedade que incluía o Morro do Moreno à Miguel Manoel de Aguiar em 25 de maio de 1929.